Jericoacoara no Ceará

A cidade é referenciada apenas como Jeri, para encurtar. É bem pequena, com apenas três (das quatro) ruas principais movimentadas pelo comércio de restaurantes e afins. Estas ruas terminam na praia. Possui muitas pousadas, restaurantes e "buggeiros". A presença de turistas estrangeiros é grande. Esqueça qualquer outro calçado que não seja algo parecido com chinelos, pois as ruas são todas de areia. Você pode até produzir-se em cima, mas em nos pés o uso comum são chinelos.

A cidade não tem iluminação pública. Conforme explicou o guia, quando chegou a eletricidade a Jeri, há alguns anos atrás, a exigência do povo local era de que os cabeamento fosse todo subterrâneo, sem qualquer fio aparente. Portanto, o "charme" da cidade é a iluminação das ruas provida pelas próprias casas e estabelecimentos comerciais, completa o guia.

As principais atrações são a pedra furada, o farol (que poucos vão), a duna do pôr-do-sol, o passeio de buggy até a Lagoa da Torta e, no retorno para Jijoca de Jericoacoara, a árvore da preguiça e as lagoas Azul e Paraíso. A grande atração noturna são os forrós. O povo local normalmente dorme desde o final da tarde até por volta das 23h para ir ao forro neste horário.

O transporte percorre cerca de 18 km desde Jijoca de Jericoacoara até Jericoacoara num caminhão adaptado para passageiros na parte traseira. Existem algumas grafias como Gijoca ao invés do correto: Jijoca. Diferentemente das Toyotas de Barreirinhas, que transportam os passageiros para os Lençóis Maranhenses em bancos adaptados voltados pra frente, as caminhonetes que vão a Jeri, são na rua maioria Ford F250 de cabine dupla, não são 4x4 (realmente não notei necessidade) e os bancos estão dispostos lateralmente.

Clique sobre as fotos para ampliar:

Jericoacoara - na praia, no lado esquerdo, está a duna do pôr-do-sol. Jericoacoara - na praia, olhando para a frente. Jericoacoara - na praia, olhando para o lado direito.
Jericoacoara - na praia, no lado esquerdo, está a duna do pôr-do-sol. Jericoacoara - na praia, olhando para a frente. Jericoacoara - na praia, olhando para o lado direito.
Jericoacoara - na praia, olhando para trás. Jericoacoara - na praia, olhando de novo para a esquerda. Jericoacoara - No caminho para a pedra furada, quase no alto da primeira colina, ao lado direito de Jeri, já tem-se a vista de toda a cidade. À esquerda da cidade, está a "duna do pôr-do-sol".
Jericoacoara - na praia, olhando para trás. Jericoacoara - na praia, olhando de novo para a esquerda. Jericoacoara - No caminho para a pedra furada, quase no alto da primeira colina, ao lado direito de Jeri, já tem-se a vista de toda a cidade. À esquerda da cidade, está a "duna do pôr-do-sol".

O transporte até Jijoca de Jericoacoara e depois até Jericoacoara

Quem vai até Jeri, normalmente parte de Fortaleza. Na Avenida "Beira Mar" (Av. Pres. Kennedy) existem uma dezena de ônibus que exibem cartazes para os mesmos passeios principais, desde Jericoacoara até Canoa Quebrada. Alguns vendedores são mais discretos e lhe dão infomações apenas quando você se aproxima e outros são mais atrevidos e lhe páram insistentemente. Os preços são equilibrados.

Se você contratou o pacote de final de semana, o transporte será feito pelas operadoras que levarão turistas em micro ônibus com ar-condicionado que contrataram passeios em diversos representantes diferentes.

A maioria oferecerá o passeio saindo na sexta-feira e retornando no domingo. Portanto, procure planejar a sua a sua permanência obedecendo a este critério.

São cerca de 300 km desde fortaleza até Jericoacoara no total. Os micro ônibus fazem um roteiro que lhe pega no seu hotel ou local onde esteja e levam a até Jijoca de Jericoacoara, onde você trocará o micro ônibus por uma caminhonete. A promessa será de lhe apanhar no hotel por volta das 6h. Mas, prepare-se para atrasos de até mais de uma hora por questões de organização deles. A chegada em Jijoca de Jericoacoara acontecerá pouco depois da hora do almoço. Lá todos descem e são distribuídos pelas caminhonetes, que normalmente já estarão esperando num local padrão próximo à entrada de Jijoca.

 

O caminho desde Jijoca até Jeri possui aproximadamente 18 km e é percorrido em meia-hora. A metade final do trecho é feita em areia, mas nada comparado com o caminho desde Barreirinhas até os Lençóis Maranhenses, por exemplo. Tanto que as caminhonetes que levam até Jeri não têm tração 4x4.

Você chegará com bastante fome em Jeri, pois já terá passado em muito a hora do almoço. Cada um será deixado na sua pousada ou hotel e o guia lhe indicará um local para almoçar. Depois, quando você conhecer melhor a cidade, escolherá melhor os seus próprios locais.

Ainda no mesmo dia, será marcado o passeio até a pedra furada.

Jericoacoara - Quase no topo da primeira colina, ao lado de Jeri, em direção à pedra furada. Jericoacoara - Já no topo da, avistando o farol na outra colina. A pedra furada está lá no lado esquerdo, colada no mar. Jericoacoara - Zoom no farol.
Jericoacoara - Quase no topo da primeira colina, ao lado de Jeri, em direção à pedra furada. Jericoacoara - Já no topo da, avistando o farol na outra colina. A pedra furada está lá no lado esquerdo, colada no mar. Jericoacoara - Zoom no farol.
Jericoacoara - Descendo pela esquerda da primeira colina em direção a pedra furada, que está lá no fundo. Jericoacoara - Zoom na pedra furada. O furo está virado para o outro lado.
Jericoacoara - Descendo pela esquerda da primeira colina em direção a pedra furada, que está lá no fundo. Jericoacoara - Zoom na pedra furada. O furo está virado para o outro lado.

Primeiro dia e primeiro passeio: a pedra furada

Ainda neste mesmo dia da chegada, o guia marcou para as 16h o encontro próximo ao restaurante para o primeiro passeio: a pedra furada.

Ele avisa que devemos acompanhar um homem que leva uma grande caixa de isopor nas costas com água mineral e água de côco. Ele nos levará até a pedra furada. É realmente impressionante a disposição do homem carregando a caixa.

Saímos pelo lado direito da cidade (o lado oposto à duna do pôr-do-sol) e subimos uma colina ao lado. Após algum tempo de subida, já se vê toda a cidade, que é bem pequena, dentro do foco da câmera. No topo da colina, o grupo, bem grande, já faz as primeiras fotos.

Na segunda colina, uma espécie de continuação da primeira, aparece o farol no topo. Vejo algumas pessoas poucas indo para lá. (Depois percebo que é outra forma de se chegar à pedra furada, passando pelo farol, já que a pedra situa-se ao lado daquela segunda colina do farol.)

Descemos a colina pelo lado do mar, mas ainda não sei onde está a pedra furada. Pergunto ao guia e ele aponta o destino. O detalhe é que o furo da pedra não é voltado para o lado onde se desce a colina, no caminho padrão para os turistas, por isto não a percebi logo de cara.

 

Mais alguns metros caminhando pela praia recheada de pedras e falésias e chegamos na pedra furada. Refazendo o caminho usando o Google Earth, que no momento mostra toda aquela área em detalhes, desde Jijoca até Jeri, calculo que percorremos 2.800 metros desde o ponto de encontro até a pedra furada.

Como o grande grupo chega praticamente junto a pedra furada, adicionando-se a algumas pessoas que já se encontram no local, a disputa por um local no centro da pedra furada é grande. Lá no meio do grande furo é bastante escorregadio. Quando percebe-se que não vai haver lugar livre para fazer fotos sem outras pessoas estranhas no fundo, o jeito é relaxar e ir batendo as fotos assim mesmo. Afinal, todos querem fazer mais de uma foto e de vários ângulos.

Depois de quase uma hora de permanência, o guia avisa que é hora de voltar. Quem espera mais um pouco para voltar consegue fazer fotos praticamente livres de outras pessoas, tais como as que eu fiz abaixo.

Alguns sobem a colina exatamente ao lado da pedra furada para ir em direção ao farol. É outro caminho.

Na volta encontro o grupo no alto da primeira colina admirando o pôr do sol. Lá da colina observo, usando o zoom da máquina, o pessoal enfileirado na duna do pôr-do-sol, do outro lado de Jeri, e registro como posso, usando o zoom máximo. O vento é forte e balança muito o corpo, fazendo com que as fotos com zoom fiquem tremidas. Como eu não estava com tripé, tinha que aproveitar a folguinha de um ou dois segundos do vento para fazer as fotos.

Após fazer as fotos e ver o sol esconder-se por detrás do mar, o grupo retorna à cidade. Chegamos já na escuridão.

Jericoacoara - A pedra furada. No início há mais gente disputando um lugar para as fotos. Jericoacoara - Um pouco mais tarde, já dá pra isolar a pedra. Jericoacoara - Mais tarde ainda, fica só a pedra. Em determinada época os raios do sol ficam na direção do furo.
Jericoacoara - A pedra furada. No início há mais gente disputando um lugar para as fotos. Jericoacoara - Um pouco mais tarde, já dá pra isolar a pedra. Jericoacoara - Mais tarde ainda, fica só a pedra. Em determinada época os raios do sol ficam na direção do furo.
Jericoacoara - Ainda próximo a pedra furada, com o sol já está se pondo. É hora de voltar para aquela colina lá no final, à esquerda, para bater fotos e apreciar o pôr-do-sol com o grupo. Jericoacoara - No alto da colina ao lado de Jeri, a vista do pôr-do-sol. Jericoacoara - Um pouco de zoom no pôr-do-sol.
Jericoacoara - Ainda próximo a pedra furada, com o sol já está se pondo. É hora de voltar para aquela colina lá no final, à esquerda, para bater fotos e apreciar o pôr-do-sol com o grupo. Jericoacoara - No alto da colina ao lado de Jeri, a vista do pôr-do-sol. Jericoacoara - Um pouco de zoom no pôr-do-sol.
Jericoacoara - Zoom máximo para pegar o pessoal no topo da duna do pôr-do-sol no outro lado de Jeri. Jericoacoara - O sol já se pôs completamente e é hora do pessoal voltar a Jeri. Amanhã estarei neste local.
Jericoacoara - Zoom máximo para pegar o pessoal no topo da duna do pôr-do-sol no outro lado de Jeri. Jericoacoara - O sol já se pôs completamente e é hora do pessoal voltar a Jeri. Amanhã estarei neste local.

Segundo dia, parte 1: o passeio de buggy até a Lagoa da Torta e Tatajuba

Na volta do passeio da pedra furada, o guia avisa que sairemos na manhã seguinte, às 8h30min, para o passeio de buggy até a Lagoa da Torta. O ponto de encontro seria no mesmo local da caminhada até a pedra furada.

Aguardo na frente da pousada e aparece um buggy perguntando pelo meu nome. O buggy passa por outras pousadas até completar a capacidade de 4 pessoas por buggy.

Desta vez o passeio segue pelo lado esquerdo, em direção ao chamado "sol poente", beirando a praia. Com pouco mais de 10 km percorridos, temos que atravessar um rio numa balsa onde cabem até dois carros. Contei cerca de 7 balsas no local. Em cada uma vão quatro homens empurrando-as com grandes varas de madeira para vencer os cerca de 85 metros que separam as margens. Venta muito no local e o esforço deles é grande. O valor da balsa já está incluído no preço do passeio.

Lagoa da Torta - A caminho de Tatajuba, deixando Jericoacoara para trás na direção do "sol poente". Lagoa da Torta - Parada para fotos. Lá no fundo está Jericoacoara e a duna do pôr-do-sol. Lagoa da Torta - Travessia de balsa após 10 km percorridos.
     
   

Continuando a viagem, mais 150 metros à frente inicia-se a parte mais bonita da viagem, percorrendo cerca de 1.200 metros por um caminho na areia por dentro do mangue. O buggy para para que as pessoas façam fotos. No lado esquerdo está o mangue fechado e no lado direito está o ponto onde o rio desemboca, que confunde-se com o mar. O buggeiro explica que o mangue naquele local está sendo desmatado pelas próprias pessoas da cidade ao lado: Guriu, para obtenção de madeira.

Lagoa da Torta - Logo após a travessia, o caminho com o mangue desmatado. Lagoa da Torta - Parte do caminho passa no meio do mangue. Lagoa da Torta - A foto mais bonita: de dentro do mangue, apontando para o encontro do rio com o mar.

Continuamos por mais 12 km até Tatajuba, onde encontramos uma casinha "ponto comercial" no meio do nada, para ouvir as histórias do local contadas pela Dona Delmira. Todos sentam-se em volta da janela, sob a grande cobertura, onde a simpática senhora bem maquiada (bastante) inicia a história - já avisando que se for interrompida começará tudo novamente. Então ela conta, por 15 minutos, histórias de como a cidade de Tatajuba mudou-se de lugar por causa das dunas e do soterramento das casas e também dos navios enterrados sob as dunas, com os vultos que são vistos pelo povo local. É você quem decide em quais partes da interessante história vai crer.

Lagoa da Torta - Quase chegando em Tatajuba. Lagoa da Torta - Numa daquelas casas, que está por detrás, está a D. Delmira. Lagoa da Torta - A D. Delmira aparece na janela e conta a sua história.
Lagoa da Torta - Em frente a casinha comercial da D. Delmira está a placa avisando sobre Tatajuba e o nosso destino final: a Lagoa da Torta. Lagoa da Torta - Descemos a rampa de areia em direção a vila.

Faltam 10 para as 11h da manhã e continuamos viagem. Mais 1.700 metros à frente, depois de fazermos um zigue-zague passando por dentro de dois rios quase secos, entramos por um pequeno povoado, parecendo aquelas cidades de faroeste no meio do deserto. O buggueiro então conta-nos a história da praça onde paramos em frente e mostra que a praça chegou a abrigar no centro uma TV para a população local assistir, mas indica o detalhe curioso dos bancos de cimento (com encosto), que foram construídos, todos, em volta da praça mas virados de costas para o centro, onde estaria a TV.

Continuamos mais 500 metros à frente e buggueiro sobe numa duna de pouco mais de 10 metros de altura, para apreciarmos a vista e fazermos mais fotos. Notei que os buggeiros que guiavam pick-ups particulares com tração 4x4 evitam subir nesta duna e passam à sua margem, também indo em direção à Lagoa da Torta, provavelmente para não criarem problemas com a falta de experiência dos motoristas que querem colocar os seus carros no mesmo trajeto dos buggys. Histórias sobre capotagens de pick-ups de motoristas inexperientes que se aventuram por aqueles caminhos de buggy não faltam.

Lagoa da Torta - Na vila encontramos a praça com os bancos voltados para o lado oposto de onde ficaria a TV. Lagoa da Torta - Subimos na duna quase ao lado da vila. Os buggeiros não levam as pick-ups para cima da duna. Lagoa da Torta - Outra vista da duna.

Descemos esta duna pelo lado mais íngreme, com uma razoável emoção e continuamos por mais 1.200 metros até o cemitério do povoado, afastado da cidade, que o guia nos mostra, pelo lado de fora como sendo uma atração. No trajeto, 2 km após a decida da primeira duna, o guia nos mostra, apontando em direção ao mar, o chamado "coqueiro solitário" - um coqueiro que destaca-se entre duas pedras e duas pequenas dunas, vistos daquela posição.

Lagoa da Torta - Passamos por um grupo de buggeiros vindos de Camocim e indo em direção a Jericoacoara. Lagoa da Torta - Eles estão indo para donde viemos. Lagoa da Torta - O coqueiro solitário na direção do mar.

Continuamos a viagem por mais 3,8 km, desde a duna anterior, até subirmos em outra duna, de onde o buggeiro nos mostra várias pessoas no alto de outra duna, chamada Duna do Funil, num apelido que lhe é peculiar. Deste ponto de vista, noto algumas pessoas descendo a Duna do Funil com tábuas de madeira e outras descendo com nos Buggy, para quem gosta de muita emoção. Percorremos mais 400 metros de distância, num semi-círculo, para subir os 30 metros de altura da duna do funil, segundo o meu GPS (40 metros em relação ao nível do mar). Lá no alto vemos mais buggys descendo no centro da duna e os locais oferecem pranchas de madeira para descermos por um preço que não perguntei. O buggeiro-guia nos desaconselha e conta histórias de alguns adultos com crianças que desceram, ralaram-se e tiveram o queimaduras na fricção com a areia. A grande Lagoa da Torta já está visível deste ponto da duna.

Lagoa da Torta - Parada estratégica para apreciar o tamanho da "duna do funil". Lagoa da Torta - Zoom máximo na câmera para registrar o pessoal na beira da "duna do funil". Lagoa da Torta - Desta vez no alto da "duna do funil", consegui registrar um buggy descendo "com emoção".
Lagoa da Torta - O buggy que desceu a "duna do funil" chega no centro dela. Lagoa da Torta - Virando-se para o lado esquerdo, já se vê a Lagoa da Torta a 1,5 Km (em linha reta).

Continuamos o passeio até finalmente encontrarmos a Lagoa da Torta, percorridos mais 2,6 Km e chegando às 11h30min. Na verdade, em linha reta, a lagoa está distante apenas 1,5 Km, contudo o buggeiro dá uma volta pelo lado direito de quem vai, provavelmente desviando de um córrego que notei depois, revendo todo o caminho ao descarregar os dados de registro do aparelho GPS dentro do Google Earth.

Os buggys param num grande restaurante, coberto. Já encomendamos o almoço, que prevemos demorar, tamanha a quantidade de buggys e carros 4x4 no local. Enquanto isso, o pessoal aproveita a lagoa relativamente rasa e de águas mornas. Algumas redes, em seqüência, estão presas em pequenos mastros de madeira enterrados na lagoa, bem na frente do restaurante. É um lugar para realmente descansar. Este passeio até a Lagoa da Torta é o mais marcante da ida até Jericoacoara.

Lagoa da Torta - Descendo a escada do amplo restaurante que sai de frente para a Lagoa da Torta. Lagoa da Torta - As redes estão à disposição dos visitantes dentro da Lagoa da Torta. Lagoa da Torta - Apontando para o lado esquerdo. Alguns carros de passeio comuns (e até mesmo pick-ups) vão atolar na ida ou na volta.

Às 14h30min partimos de volta para Jericoacoara, desta vez dando a volta por outro lado das dunas, percorrendo 28 km de uma só vez, sem paradas, chegando em Jericoacoara às 15h30min. Somente 7 km à frente, partindo da Lagoa da Torta, é que passamos a percorrer, no retorno, usando o mesmo caminho da ida. (O percurso na ida para a Lagoa, a partir deste ponto, indo pelo lado mais próximo do mar, foi feito em 12 km.)

As informações sobre distâncias, altitudes, direções e horários foram obtidas a partir do meu equipamento GPS portátil, que permaneceu o tempo inteiro ligado e que permitiu retraçar todo o roteiro de ida e de volta, com fidelidade, no Google Earth que, felizmente, no momento, mostra toda aquela área com detalhes bem razoáveis.

Na chegada a Jericoacoara, às 15h30min, o dia está longe de acabar e ainda tenho bastante tempo para curtir a praia. O próximo destino é curtir justamente o pôr-do-sol na duna ao lado de Jericoacoara, de mesmo apelido. Continua.


Segundo dia, parte 2: a caminhada até a duna do pôr-do-sol

Quando o sol baixa bastante o pessoal inicia a caminhada em direção à duna do pôr-do-sol. A duna tem um aclive bem suave. O maior incômodo é o vento forte sobre a duna, que joga das dunas sobre as suas pernas como se fossem pequenas pedrinhas. A caminhada não é difícil porque a areia não afunda o pé, sendo até bem solidificada em alguns pontos.

     
     

Aguardo, no topo da duna, posicionado bem à frente, para garantir que ninguém ficará na minha frente na hora do pôr-do-sol. A duna deve ter uns 25 metros de altura. Medindo pelo Google Earth a duna tem 750 metros de largura, de frente pro mar. Fico observando as reações das pessoas em volta. Um aglomerado de pelo menos 40 jovens estudantes estrangeiros, quase todos meninas, falando inglês, faz a maior algazarra batendo fotos de todas as maneiras. Uma mulher abre os braços em direção ao sol, como em posição de crucificação, e assim permanece, como se estivesse em transe. Mais à frente, no "penhasco" abrupto da duna no lado do lar, um homem repete a posição da mulher só que deitado na areia. A fileira de pessoas à beira da duna aumenta e chega facilmente a mais de uma centena. Mais os que estão atrás.

     
     

O espetáculo do pôr do sol então se inicia. À frente, apenas o oceano e a visão completamente desimpedida da direção do sol que, do alto, aliados à beleza da duna e da praia, permitem excelentes fotos.

     
     
 

Terceiro dia, no retorno: a "árvore da preguiça", Lagoa Azul e Lagoa Paraíso

Na manhã seguinte faço o fechamento da pousada, já incluída no pacote, e uma caminhonete me pega na porta. Seguimos, junto com outras pessoas, até a Lagoa Paraíso, pela qual passamos no primeiro dia, no caminho de Jijoca de Jericoacoara para Jericoacoara. Como paguei R$ 20,00 extras, vou passar, antes, pela Lagoa Azul e depois seguir para a Lagoa Paraíso. O pessoal que não optou por este extra foi direto para a Lagoa Paraíso.

A caminhonete, desta vez, vai para o lado direito de Jericoacoara, contornando a colina do farol até chegar na praia novamente. Para chegar até a Lagoa Azul o percurso total é de 19 km a partir de Jericoacoara. Percorridos 7 km deste caminho, passamos pela apelidada "árvore da preguiça", uma árvore normal que, segundo o motorista, foi entortada pelo constante vento forte próximo à praia, que impediu que ela crescesse na vertical. O motorista também nos conta a história da "pedra do Estevão", cuja está próxima à praia, um pouco mar adentro, a qual podemos avistar no percurso pela orla da praia.

Jericoacoara - Indo para a Lagoa Azul, parado em frente à "árvore da preguiça", observa-se a colina do farol, lá em Jericoacoara, pelo lado oposto. Jericoacoara - Indo para a Lagoa Azul, encontramos a "árvore da preguiça" no caminho. O vento constante e forte nao permitiu o crescimento desta árvore na vertical.
Jericoacoara - Indo para a Lagoa Azul, parado em frente à "árvore da preguiça", observa-se a colina do farol, lá em Jericoacoara, pelo lado oposto. Jericoacoara - Indo para a Lagoa Azul, encontramos a "árvore da preguiça" no caminho. O vento constante e forte nao permitiu o crescimento desta árvore na vertical.

Seguimos ainda pela praia, saindo de Jericoacoara e entrando em outra cidade e depois cortando caminho por dentro de uma porteira de algo parecido com uma fazenda, até chegar à Lagoa Azul.

A pick-up estaciona próximo à Lagoa Azul, ao lado de alguns quiosques. Existem cadeiras e mesas sob guarda-sóis de palha entre os quiosques e a lagoa. Uma corda limita a distância segura de profundidade da lagoa.

Ficamos ali por quase uma hora e meia. Notei ali a presença maior de pessoas da cidade próxima. A paisagem em volta é comum, sem grandes paisagens deslumbrantes. É um lugar bastante sossegado. A finalidade é refrescar-se na lagoa e conversar.

Lagoa Azul - Passeio opcional para banhar-se em mais uma das lagoas. Lagoa Azul - O detalhe da vela de jangada.
Lagoa Azul - Passeio opcional para banhar-se em mais uma das lagoas. Lagoa Azul - O detalhe da vela de jangada.

De volta a pick-up, por volta das 11h45min, seguimos para a Lagoa Paraíso, que será a nossa última atração de Jericoacoara incluída no valor do pacote que foi fechado desde a saída em Fortaleza. Estimo que percorremos cerca de 9 km. As lagoas são praticamente uma ao lado da outra, porém o motorista tem que contornar a parte mais rasa da Lagoa Paraíso, que já está bastante seca nas suas extremidades devido a falta de chuvas na região.

Chegando à Lagoa Paraíso, encontramos os demais do grupo do micro ônibus que optaram por não fazer o passeio extra até a Lagoa Azul. Na chegada já escolho logo o almoço e marco o horário, de acordo com o horário estimado de volta do micro ônibus, que consegue chegar até aquele local tranquilamente, pois a Lagoa Paraíso é bem próxima da entrada de Jijoca de Jericoacoara onde justamente estamos.

O local é um grande terreno de frente para a lagoa, formando praticamente uma praia particular, contendo alguns quartos onde o pessoal guarda as malas, em grupos por quartos. As portas dos quartos são fechadas à chave que ficam sob a guarda do guia. Dentro dos quartos existem banheiros com chuveiros. Contudo, ao final, depois de aproveitar a lagoa, a maioria toma banho no chuveiro do lado de fora mesmo, com trajes de banho e dá o seu jeito de trocar de roupa dentro dos dois boxes de banheiros atrás da ducha. É claro que o traje de banho deverá ser levado molhado na viagem porque não há tempo de secar. Alguns mais corajosos nem tomaram banho, apesar da desta Lagoa Paraíso ser de água um pouco salgada.

A distância para a lagoa é grande. Entre o restaurante e a lagoa existem algumas espreguiçadeiras e guarda-sóis de palha. A lagoa também é rasa. Existe uma rampa de madeira flutuando a certa distância da beira desta praia fluvial, onde as crianças divertem-se pulando na água. Posteriormente, encontrei esta rampa de madeira, que não tem mais do que dois metros de extensão, visível no Google Earth.

Lagoa Paraíso - Passeio incluído no pacote. À frente do restaurante, nota-se a grande distância para a lagoa. Lagoa Paraíso - Mais à frente.
Lagoa Paraíso - Passeio incluído no pacote. À frente do restaurante, nota-se a grande distância para a lagoa. Lagoa Paraíso - Mais à frente.

Então, uma vez que o grupo almoce, o micro ônibus sai às 14h30min de volta, enfrentando os 300 km do retorno, e chegando às 19h30min em Fortaleza, pois existe a parada para o lanche e banheiros no meio do caminho e no retorno passaram em Cauípe para deixar algumas pessoas.

Foram muitas ótimas lembranças de um lugar que prima pela tranquilidade e pelas belezas naturais.


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